21 de julho de 2007

Que a força do medo que tenho, não me impeça de ver o que eu sei.
Que a morte de tudo que acredito, não me tape os ouvidos e a boca,
Por que metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.
Que a música que eu ouço ao longe, seja linda, mesmo que haja tristeza.
Que o homem que eu amo seja sempre amado, mesmo distante de mim,
Por que metade de mim é a partida, e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor...apenas respeitadas!
Como a única coisa que resta a uma mulher inundada de sentimentos.
Por que metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que eu calo.
Que essa tensão que me corrói por dentro, seja um dia recompensado,
Por que metade de mim é o que eu penso, e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste...
Que o espelho reflita em meu rosto, um doce sorriso que eu me lembre de ter dado na infância, Por que metade de mim é a lembrança do que fui...a outra metade...eu não sei.
E que o teu silencio me fale cada vez mais,
Por que metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
E que a simplicidade tome conta de mim,
Por que metade de mim é platéia, e a outra metade é canção.
E que as minhas loucuras sejam perdoadas,
Por que metade de mim é AMOR, e a outra metade TAMBÉM.

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